Já em 19 de dezembro de 2011, O Ministério da Saúde, já afirmava, "Hemofílicos assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm garantida a chamada “profilaxia primária”.No dia 4 de janeiro, Dia Nacional dos Hemofílicos, os ganhadores do concurso nacional de redação para pessoas com hemofilia, em nome dos demais hemofílicos do país foram homenageados, e uma agenda com informações sobre hemofilia e as 12 redações ganhadoras foi lançada e será distribuída a todos os hemofílicos do Brasil.Dentre outras palestras o hemofílico Maximiliano Anarelli, apresentou a palestra, de bem com a vida - a hemofilia não nós impede de voar.Um passeio foi oferecido aos premiados nos ponto turísticos de Brasilia, inclusive, visitando as dependências do palácio da Alvorada, residencia oficial do presidente da republica.Foram anunciadas boas notícias no evento por Guilherme Genovez, o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde (na época), garantiu que o estoque de remédios para tratar pacientes com a doença está garantido para 2012. “Não vai faltar medicação, com certeza”, disse.< Em entrevista à Agência Brasil, ele explicou, para este ano, 650 milhões de doses foram adquiridas, contra 300 milhões em 2011 e 270 milhões no ano anterior.
Segundo Genovez, o estoque atual representa três doses para cada brasileiro. A pasta já fez licitação para a compra de mais 1,2 bilhão de unidades.“O maior avanço que a gente conseguiu este ano foi regularizar a compra e a distribuição de medicamentos.
É um medicamento caro, a dependência externa é total, já que nós dependemos de companhias internacionais para o fornecimento; e a matéria-prima usada é finita, feita a partir de plasma humano”, disse.
O coordenador lembrou também que, com as compras do medicamento regularizadas, o ministério conseguiu iniciar o tratamento de profilaxia primária – indicado como prevenção aos sangramentos, mas apenas para pacientes que nunca tiveram hemorragias graves e, portanto, não têm sequelas da doença.
“Não existe exclusão. Mas, para um indivíduo que já está com a articulação perdida, não adianta fazer profilaxia. Vamos tratá-lo sob demanda. É isso que mandam os guias internacionais”, explicou. Pacientes com sangramento de repetição nas articulações, por exemplo, também podem ter acesso à profilaxia primária, desde que tenham indicação médica.
Foi citada também a importância desse tratamento ser global, incluindo promover o desenvolvimento intelectual e social, qualificando os hemofílicos para o mercado de trabalho, ações que a Hemominas já desenvolve e que sempre é elogiada e divulgada por nós, que apresentamos a palestra. Reiterado também que este tratamento deve ser igual para todos em todo Brasil.
Ampliada Compra de Hemoderivados. Foi anunciado na ocasião que, as compras de hemoderivados para hemofilia foram triplicadas.
Imunotolerância Guilherme Genovez, anunciou que, os Hemofílicos assistidos pelo Único de Saúde Sistema (SUS) já podem ter garantida a chamada Terapia de Indução de Imunotolerância para o tratamento da hemofilia do tipo A. A Imunotolerância é usada para tratar a presença do inibidor ao medicamento, que pode ocorrer com alguns hemofílicos.
Para ter acesso ao tratamento, os pacientes precisam estar cadastrados em um dos 35 Centros de Tratamento de Hemofilia (CTH) do país, onde recebem orientação e acompanhamento médico para a obtenção e utilização do medicamento. Do total de CTHs implementados, 32 são vinculados a hemocentros coordenadores de redes estaduais e regionais e unidades de menor porte em hemocentros e hemonúcleos nos estados.
Profilaxia Primária Outra medida direcionada à melhoria da saúde e da qualidade de vida dos hemofílicos assistidos pelo SUS foi coordenada pelo Ministério da Saúde no último mês de dezembro, quando o governo federal passou a oferecer a chamada Profilaxia Primária para o tratamento de hemofilia grave dos tipos A e B.
O procedimento preventivo à doença é indicado para pacientes com até 3 anos de idade que tenham tido até uma ocorrência de sangramento ou hemorragia da articulação (hemartrose). O tratamento profilático é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que consiste no uso de medicamento (hemoderivado) para a reposição do Fator de Coagulação VIII no organismo, previne lesões nas articulações (artropatias) como também diminui a possibilidade de sangramentos.
A hemofilia não tem cura e a base do tratamento da doença é por meio da infusão do concentrado de fator de coagulação deficiente, que pode ser de origem plasmática ou recombinante.
“Uma das complicações mais temíveis em pacientes com hemofilia refere-se ao aparecimento de inibidores. Neste caso, os pacientes acometidos passam a não responder à infusão do fator deficiente e apresentam episódios hemorrágicos de difícil controle”, explica o coordenador geral Guilherme Genovez. “Os medicamentos usados no momento certo contribuem para o desaparecimento de inibidores, fazendo com que a doença se normalize e, com isso, o paciente tenha a oportunidade de receber a dose domiciliar, ganhando mais independência para aumentar sua qualidade de vida”, acrescenta Genovez.
A Imunotolerância consiste no uso de medicamentos que eliminam os inibidores de Fator VIII, que atua na coagulação sanguínea.
A Terapia de Indução de Imunotolerância passa a ser oferecida no SUS respaldada por protocolo clínico discutido desde 2006 pelo Comitê Nacional de Coagulopatias, coordenado pelo Ministério da Saúde.
Os medicamentos utilizados neste procedimento agem sobre os inibidores de Fator VIII e se desenvolvem frequentemente em pacientes com hemofilia grave ou moderada e após as primeiras aplicações de fator de coagulação. Com isso, o organismo do paciente adquire resistência aos medicamentos utilizados nos tratamentos convencionais.
A Terapia de Indução de Imunotolerância é indicada para pacientes com até dez anos de idade e que tenham tido este tipo de ocorrência por mais de seis meses ou, ainda, identificado o chamado “inibidor de alta resposta” por meio de exame laboratorial. Atualmente, 15 mil portadores da doença são assistidos pela rede pública de saúde (recebem medicamentos pelo SUS, incluindo aqueles que possuem convênios e planos de saúde ou que recorrem ao sistema privado de saúde). Deste total de pacientes, 10.464 mil são cadastrados como hemofílicos A e B.
O auxiliar administrativo Maximiliano Anarelli de Souza, de 34 anos, luta para conseguir a medicação indicada para a doença. Diagnosticado com hemofilia tipo A leve, ele só tem direito ao remédio quando sofre alguma hemorragia e precisa percorrer 180 quilômetros para buscar uma única dose. “Tenho que ir a Belo Horizonte de mês em mês, ou a cada dois meses. O ideal seria ir, no mínimo, a cada seis meses. Daria para ter uma vida normal. A gente acaba perdendo aula, trabalho.” Só tenho que tomar o remédio quando me machuco. Não é difícil e nunca me empatou [atrapalhou] em nada”, completou.
Com hemofilia tipo A leve, o aluno do 7º ano toma a medicação apenas quando sofre algum corte ou precisa arrancar um dente.
" Busque tratamento adequado, exija tratamento que lhe dê segurança e qualidade de vida. O próprio Guilherme Genovez coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde na época dizia,
"E muito importante você (hemofílicos ) pressionem o seu secretário Estadual de Saúde, os Centros de Tratamento para que o tratamento correto chegue a você (hemofílico).
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